Como são elencados os indicadores de eficiência?

Por: Révolus

02/02/24

Dentre as estratégias disponíveis para aliviar o orçamento das fábricas, principalmente em momentos de recessão, trabalhar com a máxima eficiência é essencial.

Em 1823, o inglês Samuel Brown patenteou o primeiro motor a combustão para uso industrial. Foi ao redor dessa data que vários outros modelos de motores foram inventados. Em 1969, menos de um século e meio depois, o homem estava pisando na lua. Isso só foi possível através da coleta e uso de dados de maneira objetiva.

É para isso que servem KPIs, indicadores de desempenho, de eficiência e eficácia: dar um olhar objetivo e numérico sobre a sua empresa para que você consiga tomar as melhores decisões possíveis e preparar a estratégia mais adequada para o seu crescimento.

O que são indicadores de eficiência?

Aqui, é importante fazer uma distinção entre dois termos. Nesse campo de estudo, indicadores de eficiência e eficácia são duas coisas diferentes. Eficiência se refere à proporção entre o que se gastou para produzir e o que se lucrou com a venda dos produtos. Uma empresa eficiente gasta poucos recursos e lucra bastante com suas vendas.

Eficácia, por outro lado, é a qualidade das suas vendas. Uma empresa eficaz, impacta a vida do cliente de maneira positiva, com bons produtos e serviços que estimulam o retorno.

Exemplos de indicadores de eficiência

De modo geral, toda empresa tem vários indicadores que são vitais para seu sucesso. Alguns indicadores importantes para saber a eficiência e a produtividade da sua empresa são a sua taxa de inadimplência, os custos totais e a rentabilidade.

A taxa de inadimplência consiste em saber quantos dos seus clientes estão realmente pagando pelos seus produtos. O ideal é, obviamente, que todos seus clientes estejam pagando de forma regular. Mas como resolver quando não estão pagando? É importante se prevenir. Antes da venda, cheque o histórico de compras do possível cliente e recompense bons pagadores, isso pode dar a você uma enorme diferença na taxa de inadimplência, e isso, com certeza, vai ser positivo para sua empresa.

Os custos totais e a rentabilidade são muito mais relacionados. É importante manter um olho aberto sobre quanto seus produtos estão custando para serem produzidos, e tentar diminuir esse custo ao máximo possível. A rentabilidade entra aqui também. Ela tende a aumentar de acordo com que o custo diminui. Se, por outro lado, seus custos estiverem em um nível irredutível e sua rentabilidade ainda for baixa, é chegada a hora de procurar por outros sinais para descobrir onde está seu problema.

E a indústria?

Mais especificamente tratando sobre a indústria, existem diversos indicadores que sua fábrica pode usar para saber o que está dando certo e errado e onde fazer mudanças em busca de uma eficiência maior. Aqui, podemos dividir eles em três tipos

  • Indicadores de produtividade
  • Indicadores de estoque/inventário
  • Indicadores econômicos

Indicadores de produtividade

A quantidade de produtos fabricados é um indicador que serve para apontar a quantidade de produtos fabricados em um intervalo de tempo. É muito útil para dizer a produtividade das máquinas e dos funcionários.

A Produtividade homem-hora mede o quanto seus trabalhadores estão produzindo, e é bastante parecida com a quantidade de produtos fabricados. A diferença é que aqui o objetivo é descobrir a produtividade específica de cada trabalhador.

O On Time In Full (OTIF) é a relação entre a entrega no prazo e completude dos produtos. Basicamente, ela se preocupa em dizer quantos produtos produzidos estão sendo entregues de maneira correta.

De maneira bem simples, o Tempo de inatividade mede quanto tempo um equipamento ficou parado. O Tempo Médio para Reparo (MTTR) se preocupa com as pausas especificamente geradas por reparos e manutenções, enquanto o Tempo Médio entre Falhas (MTBF) se preocupa com o tempo entre manutenções.

A Eficácia Geral do Trabalho (OLE) é baseada em três outros indicadores: a disponibilidade, que mede o tempo que os trabalhadores estão realmente produzindo; a performance, que calcula o número de produtos entregues dentro de um prazo; e a qualidade, que mede a qualidade geral do que é produzido.

A Eficiência Global dos Equipamentos (OEE) é bastante parecida com a OLE e pode ser usada em conjunto com ela, mas é importante não confundir os conceitos. Aqui, a disponibilidade é referente ao tempo de uso das máquinas, e não dos trabalhadores, e considera quanto tempo as máquinas ficaram paradas de forma não planejada. A performance aqui, se baseia na produção real do equipamento, o que foi feito, e a produção ideal, o que poderia ser feito usando a capacidade máxima do maquinário. Por fim, a qualidade mede a porcentagem de itens fabricados com qualidade suficiente para serem vendidos.

Indicadores de estoque/inventário

Entre os indicadores de estoque, temos vários dados importantes a serem extraídos.

O giro de estoque, como o nome sugere, serve para que se visualize a rotatividade dos produtos no seu estoque, permitindo que se tome decisões referentes à compra de novos materiais e que se saiba quando o estoque é efetivamente renovado. Para isso, também é importante o tempo de reposição, que indica quanto tempo é necessário para repor a mercadoria e o ponto de pedido, que diz quando é o momento ideal para que novos produtos sejam comprados para que não ocorra desabastecimento.

Sobre o desabastecimento, a ruptura de estoque consegue dizer o que está faltando no seu inventário e a On Shelf Availability (OSA) aponta a disponibilidade dos produtos conforme o histórico de compra, tornando possível a compreensão dos motivos que levaram a ausência de tal produto. As perdas de inventário são outro indicador importante. É bastante parecido com o anterior, mas, enquanto a OSA se preocupa com as “perdas positivas”, as vendas, exemplo, as perdas no inventário se preocupam com as perdas negativas, como furtos e problemas de armazenamento.

Indicadores econômicos

O primeiro deles a se tratar é o Ticket Médio. Serve, basicamente, para te dizer qual a média de cada venda realizada. Depois dele, é importante falar do Ponto de Equilíbrio Econômico, que é o indicador de quando suas vendas vão igualar os seus custos. Sem lucro e sem prejuízos. Também nessa nota, podemos falar da Lucratividade e da Margem de Contribuição. A Lucratividade já é bem conhecida, mas a Margem de Contribuição vale uma explicação. Esse indicador mede o quanto cada produto conta na hora de contribuir para cobrir os custos da sua operação. A EBITA ou LAJIDA (Earnings before interest, taxes, and amortization ou Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) mede a lucratividade da empresa durante todo o processo, e não apenas no final.

Está esperando o quê?

As vantagens do uso de KPIs e do OEE é bem clara. É pura objetividade. Ter acesso a esses dados é extremamente importante para manter tudo na sua empresa sobre controle. Com controle de informações você poderá tomar decisões mais precisas, o que só tende a melhorar seus lucros e seu crescimento – e para tanto, a solução da Révolus irá auxiliar a visualizar todos esses indicadores, propondo assim um ajuste fino em cada setor necessário da empresa. É uma relação direta de melhoria e aparato tecnológico.

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